Reflexivo

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A indiferença

Dizem que a vida é feita de bons momentos, nao concordo com essa teoria, para mim a vida é feita da indiferença, pois grande parte do tempo, estamos assim: nem alegres, nem tristes, e sim indiferentes, momentos que vivemos so por viver, sem saber o porque vivemos ou o que vivemos. Porem, rapidamente esse momento pode ser desfeito, basta uma ligaçao, uma visita inesperada, um cheiro q te faz lembrar alguem, ou um lugar que te faz lembrar algo... entao vc cria aquela nostalgia e passa a ser novamente um ser pensante, triste ou alegre, dependendo da lembrança ou da atitude que vc ira tomar, mas esse momento tb é passageiro, durante um bom tempo ira voltar aquele indiferença amargurada.
essa vontade de viver, enche meu peito com tanta intensidade que chega a doer, domina-me e quase me preenche

sábado, 4 de setembro de 2010

Inutimente


Mais um sabado à noite, encontro-me perdido em meus pensamentos, na busca inútil de mostrar-me mesmo sabendo que os olhos humanos estão voltados em outra direção, por isso, nao crio persongens, mostro-me de maneira crua e transparente a ponto de me perder no meio do processo por encontrar caminhos que nunca imaginei que existisssem dentro de mim. Não preciso mais falar da solidão ou da penumbra, pois ja sao minhas fiéis companheiras e como um quadro no quarto, esse quarto que parece me devorar de tão grande, não percebo mais sua presença. Nao sei porque todos vêm a solidao como algo negativo, ja passo a semana toda rodeado de pessoas de todos os tipos e padrões, algumas que quase chegam a mim surpreender, mas sempre acabam caindo na mesmice e perdidas na multidão. Na verdade, nao me vejo tão sozinho, ao meu lado estao livros das minhas duas escritoras favoritas (Clarice e Lya) e com elas posso encontrar Macabea ou ate as parceiras, mas prefiro manter-me aqui, pois uma vez no mundo delas não tenho mais como voltar, tenho medo de sentir o quarto ainda maior e, dessa vez, ele consiguirá devorar-me. Melhor deixar de buscar uma explicaçao em tudo e viver como os alienados, que tudo aceitam e que sao pseudo-felizes, pois esse execesso de amor-proprio, ou seria a falta dele? faz com que me mantenha inerte e distante de tudo. Só me resta esse fome que chega a doer meu estomago, fazendo com que eu me lembro de cada gota de suor gasta na academia, procurando atender os padroes esteticos dessa sociedade de aparencia. Mas nao posso largar minha criaçao agora, como uma mae nao pode parar no meio de um parto, logo agora que percebi que tambem sou apenas mais um perdido na multidao e nao tenho nado que me tire da mesmice de viver como os outros, de seguir os outros, de usar mascaras como os outros. E é por isso que nao vou inutilmente tentar tornar-me diferente, entao melhor parar por aqui, pois tenha que seguir as regras que quase violei, tentado dar vida a essa lástima.